quinta-feira, 29 de maio de 2008

Onírica[mente]



É de certa forma interessante como as constantes formas condicionadoras de pensamento causam em mim um efeito reverso, adverso, impulsionador do mergulho no meu prórpio universo. Estranhamente frequente, as bordas esbranquiçadas contornam a minha visão, a abstração, a dis[tração] da mente. Sei que as mentes carregadas com gorduchos cartuchos de teorias pré-fábricas atirariam em mim o rótulo do desejo de fuga, covardia diante do [i]mundo ou qualquer outra classificação que me encaixasse em um arquivo de estudos acadêmicos. Contudo, essa viagem através de si próprio exigem uma dose de coragem suficente para encarar a surpreendente verdade - nunca tarde - sobre você mesmo. Mesmo a esmo, é possível visualizar alguns pixels que formam a sua figura e com a uma certa habilidade, até editá-la, apagá-la e refazê-la. Aumenta cada vez mais a minha vontade de explorar-me nessa astrônomia de mim. Porque da mesma forma que o estudo de Gaia permite melhor compreensão do Cosmos, o planeta interno amplia a visão do externo, possibilita o entendimento do coportamento dos corpos - vivos ou mortos - no espaço e compreender que suas atmosferas podem refratar os feixes de luz. É possível descobrir que algumas estrelas que para nós parecem brilhar como protagonistas de uma bela noite, já estão mortas há muito tempo. E que buracos negros talvez tenham muito mais respostas que o resto - as vezes não tão honesto - universo. Logo, o lugar onde vivemos se revela essencialmente desenhado com infinitas possibilidades - ilusões ou verdades. Assim, não consigo deixar de ser o adverso, a inconstância, amigo próximo da insânia, surreal, rasgador de ilusórias cortinas, criador de oníricas pinturas.

"Vivemos em uma época perigosa — o homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo", Albert Schweitzer.

"Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas". Sun Tzu.

"Tudo o que vemos esconde outra coisa, e nós queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos", Magritte.

2 comentários:

Balõesdesonho disse...

Queremos ver além do que nos é mostrado, queremos ir além das barreiras impostas e tudo que já vem fabricado, não agrada tanto quanto a própria mão que fabrica.
contestador não é? assim é legal!
beijos

Unknown disse...

Gostei demais!
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