segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Refúgio



O vento era gélido, nada gentil. Expulsava-nos da rua. Acortinava as nuvens para esconder a lua. Nuvens que enfureciam-se em úmidas reações químicas. Tristeza líquida. A sensibilidade das cartilagens se perdiam, os músculos involuntariamente se contraiam. Vã tentativa de esquentar o corpo. Calor algum havia naquela noite... além daquelas mãos de lã, aquela boca macia como o fogo, que proferia palavras-lenha, que me abençoava com beijos-brasa, que movia-se em gestos-senha, que me acolhia em amor-casa. Levou-me mais uma vez para longe, no mesmo lugar. Fez deitar meu corpo e dormir minha tristeza. Esqueci o tempo, descobri minha riqueza. Ela. Meu refúgio. A cor mais viva no espectro da minha semana. *Ela me fez gostar de domingo!

*Parafraseando Tamyris de Freitas.

2 comentários:

Tamy disse...

Difícil ler sem um sorriso nos lábios!E é uma mistura daquele sorriso que te magnetizou (que já veio no pacote Tamyris Freitas),com um sorriso,hoje,muito mais puro e cheio de amor.Você alegra meus dias!Me faz querer mais você.Você me fez gostar de domingo!Esse final de semana foi tão completo!Você pensou em tudo!Que delícia!Sinceramente não sei como você consegue fazer nascer tanto amor!Mas eu gosto muito disso!Eu gosto desse amor...gosto de te amar!

Tamy disse...
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